Análise do LG Gram 16Z90Q com RTX 2050

Já fazia uns 3 anos que esperava a LG atualizar sua linha de notebooks LG Gram aqui no Brasil. Cansado de aguardar, resolvi buscar lá fora. Comparado com as demais alternativas no Mercado, a linha Gram sempre se destacou por ser extremamente leve, mesmo em modelos com telas enormes e excelente duração de bateria. Mesmo não sendo o mais atual, optei pelo 16Z90Q, que tem como destaques a tela WQXGA de 16″, bateria de 90Wh e uma placa de vídeo dedicada de entrada, a RTX 2050 – tudo isso pesando menos de 1.3Kg.

As primeiras impressões foram muito boas, uma CONSTRUÇAO bem parecida com a que já estava acostumado, apenas com um toque um pouco mais suave agora e em um cinza um pouco mais escuro. A TELA gigante em proporção 16:10 e resolução 2560 x 1600 agora é fosca – pra mim, essa parte é o que justificou a escolha pelo modelo, a leveza para usar no colo e levar pra onde quiser e uma tela que permita trabalhar com conforto sem precisar usar um monitor é simplesmente tudo que eu poderia querer.
Ainda sobre a tela, fica um comentário sobre seu acabamento antirreflexo, é bastante eficiente e no meu uso não consegui notar qualquer perda de qualidade nem deficiência de iluminação. Com esse acabamento, o ângulo de visão fica bem melhor e, imho, é a melhor experiência de uso que já tivecom a tela de um Note/MacBook. E, pra quem como eu tem dúvidas, nem se compara à qualidade/experiência de se usar uma película fosca sob uma tela de alta resolução; o resultado aqui é incrivelmente melhor.
Voltando ao design apenas para finalizar, uma concessão que a LG costuma(va) fazer para conseguir manter o Gram leve e fino era em relação à resistência da sua estrutura que normalmente era flexível demais. Não vou dizer que esteja extremamente firme, mas comparado com o meu anterior, parece ter havido um nítido avanço e ao menos nunca senti ele flexionando durante o uso no colo.

Trabalhando, divido a tela em 3 janelas e dá pra ver tudo ao mesmo tempo, de forma confortável.

Com as condições de uso que comentei mais acima, a duração de BATERIA é, sem dúvidas, excelente; além disso, outro destaque até agora fica por conta do consumo extremamente baixo durante o standbyAinda que sem números exatos, observando meu dia de trabalho, ele superou com folga a marca de 10hs de uso.
Durante o primeiro ciclo da bateria, ele foi capaz de aguentar 13hs em uso real, segundo dados gerados pelo batteryreport do WIndows, ficando ao todo 30hs longe da tomada sem desligar – na prática, arrisco a dizer que ele já superou meus últimos MacBook Air de 13.6″ e 15″, mesmo tendo passado por várias atualizações durante essas primeiras horas.

Apesar de normalmente dispensar o teclado numérico, o TECLADO do 16Z90Q não tem nada que desabone, com teclas com bom deslocamento e que ficam menos marcadas de digitais que o Mac, gostei muito da experiencia de teclar nele e teclo muito durante todo o dia. Ele não tem um LEITOR BIOMÉTRICO integrado, mas uma câmera pra RECONHECIMENTO FACIAL no lugar – apesar de achar mais prática e até mesmo mais rápida na maioria das vezes, há (raras) ocasiões que eu quero ligar/desbloquear sem ter que olhar pra ele e isso atrapalha. O TRACKPAD é amplo, com uma boa resposta a gestos multitoques, mas particularmente preferiria que ele fosse um pouco menos liso.

Não tenho muito para falar em DESEMPENHO até o momento; meu uso padrão é leve e mesmo com atualizações em segundo plano e usando em modo de economia de energia, o desempenho foi extremamente fluido em todas as tarefas. Na verdade, minha opção pelo modelo com RTX 2050 foi mais uma questão de oportunidade (o preço era quase o mesmo da versão apenas com vídeo Intel) e de quebra teria alguma folga para as raras situações em que possa precisar de um gás extra e quem sabe até mesmo aproveitar pra brincar um pouquinho – mas, claro, sem grandes expectativas, já que seu processador da linha P não é indicado para quem busca alto desempenho.
Até hoje não precisei dela, mas fiz uns testes com jogos mais por curiosidade, e aqui confesso que a Apple conseguia fazer mágica. Nunca usei meu MacBook Air M2 pra jogar, mas tive a curiosidade de brincar um pouquinho pra testar – no Remake do Resident Evil 4 era possível notar que foram feitas algumas concessões efeitos, texturas e detalhes, mas a resolução é muito boa e o fato de estar perfeitamente fluido em um Mac de entrada sem refrigeração era simplesmente surpreendente – e isso quase sem aquecer e com um consumo energético muito bem controlado.
Com um teste semelhante, no LG, já existe a dificuldade de ter que encontrar as configurações ideais, não tenho grandes exigências, mas não queria algo abaixo do que o Mac trouxe. Após alguns ajustes, apesar de ter conseguido rodar com facilidade e boa qualidade, dava pra sentir nitidamente a diferença no aquecimento e no consumo de bateria, sem contar no som das ventoinhas trabalhando.

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